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Sporting conquista a Taça de Portugal

Tarde de nervos no Jamor. O troféu da Taça de Portugal esteve quase a ir para Braga, mas os arsenalistas, que estiveram a vencer por 2×0, não conseguiram segurar a vantagem na segunda parte, mesmo a jogar em superioridade numérica. O Sporting, que esteve em desvantagem no marcador até à passagem do minuto 90, salvou-se nos instantes finais e depois resolveu a questão nas grandes penalidades. Alvalade tem motivos para voltar a festejar.



O Sporting foi a equipa que entrou melhor no jogo, criando perigo por intermédio de Nani, mas depressa o fulgor inicial se perdeu e os arsenalistas foram equilibrando a partida. O desequilíbrio apenas voltou a surgir à passagem do primeiro quarto de hora, altura em que Djavan subiu pelo corredor esquerdo e num lance individual apenas foi travado em falta dentro da área por Cédric Soares. Marco Ferreira, o árbitro do encontro, de pronto assinalou grande penalidade e mostrou cartão vermelho direto ao lateral-direito leonino, para irritação dos responsáveis do Sporting.

Chamado a converter o castigo máximo, Éder não desperdiçou a possibilidade de colocar o SC Braga na frente do resultado.A perder e com menos uma unidade em campo, Marco Silva decidiu mexer na equipa aos 20 minutos para tentar equilibrar a equipa. Miguel Lopes foi lançado em campo e o preterido foi João Mário. O jogo por essa altura estava marcado pelas muitas faltas que eram feitas de parte a parte e num desses momentos aconteceu um dos erros do árbitro Marco Ferreira, árbitro que admoestou (e bem) Baiano com o cartão amarelo aos 23 minutos, jogador que segundos depois cometeu uma nova falta em que se justificava a exibição de um segundo amarelo e o respetivo vermelho. Nesse instante, as equipas deveriam ter ficado novamente em igualdade numérica.

Isso não aconteceu para desespero de Marco Silva, visivelmente desagradado com as decisões da equipa de arbitragem, e pouco depois surgiu o segundo golo do SC Braga, num lance em que Rafa ganhou a bola a Miguel Lopes – não ficou bem na fotografia apesar de estar em campo há pouco tempo – e entrou dentro da área para bater Rui Patrício e ampliar a vantagem. Aos 25 minutos, os minhotos venciam por dois golos que resultaram da eficácia e da forma como souberam aproveitar os erros dos opositores e conseguiram conservar a diferença até ao intervalo, apesar das tentativas do Sporting – mais com o coração do que com a cabeça – em remar contra a maré desfavorável. Faltava acerto na defesa, inspiração no ataque mas, acima de tudo, meio campo aos leões, frente a uma equipa compacta, organizada e confiante pelos golos que apontou.

Empate surgiu mesmo à última e só nos penáltis a situação ficou resolvida

Nada levava a crer que o desfecho dos 90 minutos ia ser um empate a dois golos. Como se esperava, o SC Braga procurou gerir a vantagem obtida na primeira parte e procurar jogar no erro do adversário. No entanto, o Sporting, obrigado a recuperar de uma desvantagem de dois golos e com menos uma unidade em campo, não começou bem.

Os leões atacavam com poucos jogadores e a fluidez de jogo não existia. No fundo, estava a ser uma fotocópia do primeiro tempo, com bastantes passes errados e poucas situações incomodativas para Kritciuk. Isto até à entrada para os últimos 15 minutos. A partir daqui e já depois de Marco Silva ter operado todas as substituições – Carlos Mané para o lugar Carrillo e Fredy Montero por Miguel Lopes – o Sporting cresceu.

O guarda-redes do SC Braga começou a exibir-se com defesas que iam evitando o pior, mas o pior acabou mesmo por acontecer, tanto por mérito dos leões, como de erros defensivos dos arsenalistas que até então não tinham acontecido. Primeiro, aos 84 minutos, Slimani reduziu a diferença no marcador após aproveitar um mau corte de Baiano e o mau posicionamento de Kritciuk, tendo o 2×2 surgido já no período de compensação, numa altura em que muitos adeptos sportinguistas já tinham abandonado os seus lugares, descrentes numa possível reviravolta. Fredy Montero, uma das apostas de Marco Silva na etapa complementar, aproveitou os erros de Aderlan Santos e Kritciuk para assinar o empate e levar a final para prolongamento.

Claramente, Sporting e SC Braga não quiseram arriscar demasiado no prolongamento. O cansaço físico dos jogadores era demasiado evidente e ficou bem demonstrado na falta de discernimento nas jogadas de ataque e também no ritmo a que os 30 minutos extras foram disputados. Ritmo baixo – aquele que as pernas ainda permitiam – e à espera das grandes penalidades.

A exceção foi um lance de contra-ataque em que só Rui Patrício evitou que Salvador Agra conseguisse desfazer a igualdade. Imediatamente a seguir, faltavam cinco minutos para o término do encontro, Marco Ferreira expulsou Mauro, médio do SC Braga que viu o segundo amarelo. Os últimos minutos foram disputados por dez atletas contra outros dez, mas estava escrito que seria na conversão de castigos máximos que tudo ficaria decidido.



Alvalade volta a ter motivos para festejar

Os nervos eram muitos entre os adeptos do Sporting e do SC Braga. Uns suspiravam por Rui Patrício, outros por Kritciuk e alguns até levavam as mãos ao céu, como que à espera que uma força divina ouvisse as preces após um fim de tarde emotivo. Nisto das grandes penalidades o que decide é a frieza e a eficácia e essa esteve do lado dos verdes e brancos, que acabaram por vencer por 3×1 para gáudio dos milhares de adeptos presentes no Jamor que anteriormente chegaram mesmo a dar a final como perdida.

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