Na zona euro, há perto de 19,4 milhões de desempregados.
Depois de estabilizar entre Fevereiro e Março, a taxa de desemprego voltou a subir em Abril. Segundo o Eurostat, o gabinete estatístico europeu, havia nessa altura em Portugal 945 mil pessoas sem emprego, o equivalente a 17,8% da população activa. A taxa é a mais elevada de que há registo e, reconhece o próprio Governo, vai continuar a aumentar. Entre a população jovem, até aos 25 anos, o nível de desemprego chega aos 42,5%.
O ritmo de destruição de postos de trabalho coloca o nível de desemprego num novo máximo histórico, confirmando Portugal como o país com a terceira taxa mais alta entre os 27 países da União Europeia, a seguir à Grécia (27% em Fevereiro) e a Espanha (26,8%).
Os dados com os quais o Eurostat trabalha para calcular, todos os meses, a taxa de desemprego em Portugal baseiam-se em informações do Instituto nacional de Estatística (INE) e do Instituto de Emprego e Formação Profissional, sendo depois tratados com uma metodologia que os harmoniza com o dos restantes países da UE.
As estatísticas agora divulgadas não coincidem, por isso, com os números do INE, que, apenas divulgando estatísticas trimestrais, apontava já para a existência de 952.200 desempregados em Portugal (no final de Março).
Segundo o Eurostat, o desemprego aumentou de 17,7% em Março para 17,8% no mês seguinte, num movimento idêntico ao do conjunto dos países da zona euro, onde a taxa também subiu uma décima, passando para 12,2% da população activa. Nos 17 países que pertencem à moeda única, há quase 19,4 milhões de desempregados.
Fonte: Público