Os hastear da bandeira no mastro norte do Estádio do Varzim Sport Club marcou o início das cerimónias que assinalam o centenário do clube. Seguiram-se os discursos na sala de troféus.

«Sinto que há um peso histórico que é necessário dar continuidade. O Varzim é uma instituição emblemática que é admirada em todo o País», começou por dizer o presidente Pedro Faria, antes de apontar aos objetivos a curto-prazo:

– O regresso ao patamar mais alto do futebol português continua a ser o objetivo porque é fundamental que o clube siga a recuperação. Conseguimos o regresso às competições profissionais e a primeira liga será o patamar à altura da instituição. Não iremos fazer loucuras e, para lá chegar, terá de ser de forma consolidada para ficarmos por bastantes anos.

Apontando também ao escalão máximo do futebol português, o presidente da comissão do centenário, Macedo Vieira, deixou alguns recados aos senhores do futebol:

– O Varzim entra agora nesse grupo restrito de clubes centenários mas quero realçar três palavras: resistir, foi o que aconteceu ao Varzim depois de períodos difíceis; revolta, as regulamentações das instituições do futebol português descrimina os clubes ditos pequenos favorecendo os grandes, mormente nas receitas televisivas; reunir fileiras, para continuarmos a ser o pequeno grande clube que agora chegou aos 100 anos.

A torcer por um FC Porto campeão, Macedo Vieira confirmou ainda que o Varzim vai realizar na Póvoa, no final da época, um jogo com os dragões para angariar receitas para o emblema poveiro.

Aires Pereira, presidente da câmara da Póvoa de Varzim, acredita que o clube tem atualmente «sustentabilidade» para subir à Liga mas alertou: «Tudo a seu tempo e com juízo. Temos de entrar em 2016 com os dois pés assentes na terra.»