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Vinho: teste os conhecimentos

Vinhos brancos são sempre obtidos de uvas brancas e vinhos de qualidade pagam-se mais caro são mitos frequentes. Teste os seus conhecimentos em apenas 10 questões.

1. Os vinhos brancos obtêm-se de uvas brancas e os tintos de uvas tintas
Falso. Embora os vinhos tintos sejam sempre obtidos a partir da fermentação do sumo de uvas tintas, os brancos podem ser obtidos, além da fermentação do sumo de uvas brancas, também de uvas tintas. Nestes casos, trata-se de uvas tintas a que se retira a película, onde se encontram as matérias corantes. Excetuando a casta Vinhão, de polpa corada, a polpa da uva é sempre branca, independentemente da cor do bago.

2. Champagne e espumante são iguais
Falso. Todo o Champagne é um vinho espumante mas nem todos os espumantes são Champagne. Só pode ser chamado Champagne o vinho espumante produzido na região francesa com o mesmo nome, a partir de três castas: Chardonnay (branca), Pinot noir (tinta) e Pinot meunier (tinta), e elaborado por um processo tecnológico específico, também utilizado em quase todos os produtos nacionais.

3. Vinhos mais caros são os melhores
Falso. Muitas vezes, o preço final de um vinho não tem relação direta com a qualidade. A fama mantida durante anos ou uma boa campanha de marketing podem aumentar o preço de um vinho.

4. Os vinhos melhoram com o passar do tempo
Falso. Após a maturação e o envelhecimento, o vinho atinge o chamado período ótimo de consumo. Normalmente, os vinhos à venda encontram-se neste ponto. Este período pode manter-se durante mais ou menos tempo, desde que as condições de conservação sejam adequadas. Após o período ótimo de consumo, é normal que o vinho vá perdendo características.
Os vinhos jovens devem ser consumidos no período de um ano após a colheita. Os vinhos que passaram por um período de estágio apresentam um período ótimo de consumo mais alargado, que depende da duração do estágio. Esta informação pode ser consultada no rótulo da garrafa.

5. Os tintos bebem-se à temperatura ambiente
Falso. Não deve consumir vinho tinto acima de 18° C. Cada vinho apresenta uma temperatura ótima de consumo. Em regra, os vinhos brancos bebem-se mais frescos do que os tintos. Quanto mais jovens são os vinhos, tintos ou brancos, mais frescos devem ser consumidos. À medida que envelhecem, ganham com a subida da temperatura. Assim, os espumantes servem-se entre 6 e 8º C; os brancos jovens e os licorosos brancos entre 8 e 10º C; os rosés, a 10º C; os brancos, entre 10 e 12º C, os tintos jovens, entre 12 e 14º C; os licorosos tintos, entre 14 e 16º C, e os tintos, entre 16 e 18º C.

6. A melhor forma de arrefecer um vinho é num balde com água e gelo
Verdadeiro. Trata-se da maneira mais rápida e segura para arrefecer um vinho. O frigorífico é muito mais lento. Por exemplo, um vinho espumante levará cerca de 100 minutos para arrefecer no frigorífico e não mais de 10 minutos num balde de gelo, com água e gelo em partes iguais. Há vários tipos de termómetros que ajudam a apreciar um bom vinho à temperatura ideal, desde 1 a quase 50 euros.

7. O modo como são guardados influencia o seu desenvolvimento
Verdadeiro. Nem todos os vinhos são bons para guardar. Para assegurar uma boa conservação, o local e a forma como as garrafas são armazenadas devem preencher alguns requisitos: temperatura, ausência de luz e vibrações, local arejado, humidade relativa adequada e posicionamento horizontal das garrafas.

8. Convém decantar os vinhos tintos antes de os consumir
Falso. A maioria dos vinhos não necessita desta operação, em especial os vinhos jovens brancos, rosados ou tintos. A decantação só deve ser feita em vinhos com um longo período de produção e apresentam sedimentos que se depositam no fundo da garrafa. Esta operação permite arejar o vinho antes de servir.

9. Na prova, há um ritual a respeitar
Verdadeiro. Para apreciar plenamente as características de um vinho, é importante seguir uma certa ordem. Prove um vinho como um profissional: observe primeiro o aspeto, ou seja, a limpidez e a cor do vinho no copo. De seguida, aprecie o aroma e só depois saboreie. Mas a degustação não termina com a deglutição (no caso das provas oficiais, com a expulsão). Também se aprecia a persistência do sabor na boca.

10. Os vinhos biológicos não têm aditivos químicos
Falso. A agricultura biológica não usa pesticidas ou fertilizantes químicos, uma vez que a gestão da vinha e do solo deve respeitar o meio ambiente. No entanto, na produção do vinho, o uso de sulfitos como conservantes é permitido, embora em menor quantidade do que no vinho da agricultura tradicional, já que seria muito difícil comercializá-lo sem a sua presença.

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