A confirmação da realização de voos de baixo custo para a ilha Terceira foi feita pela Ryanair, numa conferência de imprensa, em setembro, depois de nos últimos dois anos vários políticos e governantes o terem anunciado sem que se tivesse concretizado.
Segundo o diretor de rotas da Ryanair, Niall O’Connor, a operação para a ilha Terceira permitirá o transporte de 100.000 passageiros por ano.
O novo modelo de transporte aéreo entre os Açores e o continente português, que contempla a liberalização das rotas das ilhas de São Miguel e Terceira, entrou em vigor a 29 de março de 2015.
Nessa altura iniciaram-se operações de baixo custo para São Miguel, com as companhias aéreas Ryanair e easyJet, mas as ligações à ilha Terceira continuaram a ser asseguradas apenas pelas companhias portuguesas SATA e TAP.
Em julho de 2015, com a coligação PSD/CDS-PP no Governo da República, o líder do PSD/Açores, Duarte Freitas, afirmou que a ilha Terceira passaria a ter voos ‘low cost’ a "breve trecho", sem adiantar mais pormenores.
No mesmo dia, o secretário regional do Turismo, Vítor Fraga, confirmou que existia uma companhia área ‘low cost’ interessada em voar para a Terceira, mas criticou a postura de "pombo-correio" do líder social-democrata, alegando que as negociações ainda não estavam concluídas.
Na semana seguinte, o líder do CDS-PP/Açores, Artur Lima, disse que o ministro da Economia, Pires de Lima (CDS), se deslocaria à ilha Terceira "muito em breve" para apresentar "uma boa solução" para o início dos voos de uma companhia área ‘low cost’, acrescentando que "um passarinho" lhe tinha dito que seria a easyJet.
Ainda em julho, o então ministro da Presidência e dos Assuntos Parlamentares, Marques Guedes, disse acreditar que, "a muito curto prazo", a ilha Terceira teria dois ou três voos semanais ‘low cost’, alegando que essa medida se integrava no plano de mitigação do impacto da redução militar norte-americana na base das Lajes, situada na ilha Terceira.
Em setembro de 2015, o presidente executivo da Ryanair, Michael O’Leary, revelou que a companhia aérea tinha apresentado uma proposta para voar para a ilha Terceira, mas que tinha sido recusada pelo Governo da República, sem qualquer explicação.
Já este ano, em abril, o atual primeiro-ministro, António Costa, anunciou, na ilha Terceira, um financiamento por parte do fundo nacional do turismo, para iniciativas de promoção da ilha da Terceira e melhoria da oferta de transporte, que incluía duas novas rotas low-cost para Lisboa e Porto.
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