O governo norte-americano aconselhou igualmente os seus cidadãos a não viajarem para aquele país.
"O Departamento de Estado alerta os cidadãos dos Estados Unidos [que têm] de comunicar a sua viagem ao Egito, e os [cidadãos] que já lá estão [que] devem sair neste momento, devido à agitação social e política", refere um comunicado da Divisão Consular do Departamento de Estado dos EUA, citado pela agência noticiosa francesa AFP.
Os cidadãos norte-americanos, que residirem no Egito e "quiserem abandonar [o país], devem preparar-se e fazê-lo quanto antes", precisa o mesmo comunicado.
Washington diz ainda que não prevê retirar cidadãos nacionais com recurso a aviões fretados pelo governo.
Já a embaixada dos EUA no Cairo, que funciona com um mínimo de funcionários e diplomatas desde o golpe de estado que depôs o Presidente eleito Mohamed Morsi, a 03 de julho, "insta os americanos que optarem por permanecer no Egito, a cumprirem as diretivas" do Estado de emergência decretado na quarta-feira, pelas autoridades egípcias.
O aviso de Washington surge um dia depois de a onda de violência no Egito, na quarta-feira, ter causado pelo menos 525 mortos, segundo informou hoje o Ministério da Saúde.
Os cerca de meio milhar de mortos incluem 202 manifestantes do campo de Rabaa al-Adawiya, no Cairo, e 43 agentes policiais, de todo o país, disse fonte oficial do ministério.
A violência no Egito foi desencadeada quando, na quarta-feira, as forças de segurança invadiram acampamentos de protesto pró-Morsi, o presidente destituído, detido pelo exército a 03 de julho.
Fonte: NM